quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Lamento


A escolha é minha e completamente minha, eu poderia ter qualquer prêmio que eu quisesse, eu poderia queimar com o esplendedor da chama mais brilhante, mas ao invés disso eu escolhi me perder no tempo.
Mas, se lembre que sou muito jovem e um ano pra mim não significa muita coisa, então, de que poderia me servir cinquenta, sessenta ou setenta anos?
Eu vejo luzes, e estou seguindo meu rumo sem rumo.
E como eu vivo...
Como elas brilham...
Mas quão cedo as luzes se vão.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Pessoas Inválidas

Deixa eu fingir que sou feliz

Os dias passam, os momentos passam e as pessoas passam. A vida não passa de uma passagem e nela meus dias se acabam, se transformam e se dissolvem. Semelhante as bolhas de sabão que quando criança eu dava vida. Há as MINHAS bolhas de sabão! Lembro-me de inúmeras que criei. Elas surgiam de um calculo perfeito da intensidade do meu sopro. De longe voavam, belas e livres e em poucos segundos se dissolviam, se acabavam. Minha vida sempre foi assim, meus momentos são livres, belos e intensos. O problema é que mal começam e já acabam, e o que me resta quando acaba? Só me resta o questionamento, só me resta a solidão, só me resta o desespero em não saber responder as indagações que tenho sobre a vida. Mas quem sabe responder ? Suponho que ninguém saiba, mas as pessoas fingem que sabem. As pessoas vivem de acordo com o tocar da musica. Mas vocês querem saber de um segredo, caros leitores? A musica não toca, a musica nem ao menos existe ! Tudo não passa de uma efemeridade. Pessoas, pessoas. As pessoas fingem, e diga-se de passagem muito bem. Mas não as culpo, se não fingissem não conseguiriam por um milésimo se segundo viver... Quem me dera saber fingir, saber acompanhar os passos dessa musica ilusória que todos sabem dançar. Há eu queria ! Só assim eu poderia por um momento não me questionar, só assim por um segundo eu poderia ser igual a todos, eu poderia acreditar que sou feliz.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

De Normal Bastam os Outros

'' Eu não sou normal, minhas crenças são diferentes, meu ponto de vista poucos entendem, meu jeito é bizarro, meu certo para maioria é errado.''

Não sou normal, não nasci para ser normal, e desconforta-me a falta de humildade das pessoas, na falta de aceitação pela minha anormalidade. Sou quem sou. Não me marquem como alguém que não sou, até me conhecerem. Alias, até hoje, ninguém, até me conhecer, gostou de mim...'' Mas, eu também sei ser careta, de perto ninguém é normal.''

Cuidado comigo,
não sou de fazer amigos.
Cuidado, não sou normal...
sou um doente mental.

Vivo em crise,
sei... a vida não tem reprise...
não vivo bem, vivo mal
sou do meu corpo refém.

Um morto vivo
pelo desconhecido sigo
riscando os dias e as noites
vivo uma vida infernal...
surreal...
mal bem real!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Motoqueiro Fantasma

Gasolina e sangue  é tudo que eu tenho  e nisso eu confio. Uma última saída está passando, as rodas correm livres debaixo de mim. Um milhão de faíscas estão caindo, mas é só em você que penso. Dê-me um beijo de adeus em direção a luz, como um motoqueiro fantasma eu estou morrendo hoje a noite. Tão escuro e frio, eu dirijo sozinho e você sempre disse que eu nunca faria nada por conta própria. Promessas... as cravei tão profundo em sua cadeira vazia e o céu virou-se de cabeça pra baixo, me vi andando em círculos.
Eu não sei o seu nome, mas ainda acredito que agora seja a hora pra você e pra mim. Tempo, para você e pra mim. Um dia estarei aqui, sem mais ressentimentos, então não chore, eu encontrarei você do outro lado. Adeus, em direção a luz ! Cavaleiros Fantasmas sempre morrem sozinhos.


Phantomrider,  Tokio Hotel 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Refúgio

Meus poemas, meu refugio,
Sonhos descritos em rascunhos.
Amores que a tempos fujo,
Sentimentos diários, noturnos.

Meus poemas, meu abrigo,
Onde o infinito é um ponto.
Verdades que em papel rabisco.
Mentiras que imagino e conto.

Meus poemas, minhas rimas,
Meus desejos escondidos.
Minha vida em letras descrita,
Meus segredos em versos escritos.

Meus poemas, meu parceiro,
Sempre socorre-me quando estou aflito.
Ajuda-me na timidez que tenho,

Confesso-me a ele, pois a nele confio.

Luiz Carlos Rodrigues dos Santos

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O Corpo

'' O amor é uma tolice
que o tolo quer ter por perto,
Viver sem amar é morte
Morrer e amar é certo,
Viver de amor... é sorte!'
'


Estive vazio e todos perceberam que meu silencio não é de calmaria, e sim tristeza, estive bebendo e usei meus vícios para mascarar os objetivos frustrados pelo caminho. O que me restou - o corpo - já que a alma deixara de existir ou se encontrava a esmo. Esse corpo que exala sucos, suores, lágrimas e que amarga em desejos vazios. Um corpo que se já andava sem saber para onde ir, hoje só é um corpo sem alma, dando formas a varias vidas falsas, nas esperança de se tornar interessante para alguém, me vi policiado. Tive todos os amores nas mãos, mas por egoísmo, os joguei fora, e falo sem arrependimentos : Nunca amei ninguém !  O corpo sem coração. Vazio de sentimentos. Puro sexo, frio e por favor, sexo, pela simples tentativa de desperta-lo. O meu corpo (...) Uma beleza que não reflete em nada a feiura de minh' alma.
Lá fora um grilo grita a sua despreocupação e tudo é calmo, ameno. Mas aqui dentro o mundo é bizarramente caótico.