Agora não é mais
importante onde eu parei. Em que momento da vida eu cansei. Eu recomecei. Dei
outra chance a mim mesmo. Acreditei em mim novamente. Fiquei com raiva, chorei,
limpei minha alma. Fiz uma faxina mental. Mas durante o processo eu perdi o brilho
no olhar. Dei um adeus a inocência. E perdi o que eu achava precioso em mim.
Meu coração se afundou na fonte de sangue. Você sabe a síndrome do membro
fantasma, a gente sente, como se ele ainda existisse.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Uma carta aberta
Era uma vez um garoto com
pouca idade que teve que aprender conviver numa guerra chamada de lar.
Nunca soube
onde procurar abrigo na hora da tempestade, sentia a dor no rosto toda vez que
seu punho vinha me colocar no local que pensava que me era devido.
Eu chorava em meu quarto em
silêncio Eu regularmente me pergunto por que carrego toda essa culpa quando
foi você quem me ajudou a construir estas paredes que ainda estou derrubando
Sombras surgem à noite por uma fresta na porta Ecos de um garoto machucado
gritando: "Por favor, chega!" Monstro! Você não percebe o estrago que
fez? Para você é apenas uma lembrança, mas para mim ainda está vivo. Não é tão
fácil esquecer todas as marcas que você deixou no meu pescoço. Quando fui
jogado escada fria abaixo Todo dia ter medo de voltar para casa com pavor do
que poderia me acontecer. As feridas cicatrizaram tio, mas a dor continua a
mesma E ainda me lembro de como você me mantinha com medo Forte fui eu por
ainda manter compaixão E todo dia quando acordo olho pro passado...
Estou ficando bem.
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