quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Uma carta aberta

Era uma vez um garoto com pouca idade que teve que aprender conviver numa guerra chamada de lar.
Nunca soube onde procurar abrigo na hora da tempestade, sentia a dor no rosto toda vez que seu punho vinha me colocar no local que pensava que me era devido. 
Eu chorava em meu quarto em silêncio Eu regularmente me pergunto por que carrego toda essa culpa quando foi você quem me ajudou a construir estas paredes que ainda estou derrubando Sombras surgem à noite por uma fresta na porta Ecos de um garoto machucado gritando: "Por favor, chega!" Monstro! Você não percebe o estrago que fez? Para você é apenas uma lembrança, mas para mim ainda está vivo. Não é tão fácil esquecer todas as marcas que você deixou no meu pescoço. Quando fui jogado escada fria abaixo Todo dia ter medo de voltar para casa com pavor do que poderia me acontecer. As feridas cicatrizaram tio, mas a dor continua a mesma E ainda me lembro de como você me mantinha com medo Forte fui eu por ainda manter compaixão E todo dia quando acordo olho pro passado...


Estou ficando bem.

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