segunda-feira, 26 de novembro de 2012


Feedjit
Fico tão cansado às vezes, e digo a mim mesmo que está errado, que não é assim, que não é este o lugar, que não é esta a vida. E fumo, e fico horas sem pensar em absolutamente nada: (...)
Claro, é preciso julgar a si próprio com o máximo de rigidez, mas não sei se vc concorda, as coisas por natureza já são tão duras pra mim que não me acho no direito de endurecê-las ainda mais.

Motivos Para Não Namorar

Todo mundo quer se dar bem. Todo mundo quer uma vantagem. Mesmo que isso signifique deixar alguém em desvantagem. Foi aí que surgiu o namoro.
O namoro nada mais é que você tentar tirar vantagem de alguém sem cair em desvantagem. Por isso muita gente não namora com amigos. Por que todo namoro destrói a amizade. Um dos fundamentos da amizade é a doação de seu tempo pra ouvir o que o outro tem a dizer. O namoro troca esse período por sexo. Parece bom? Parece. Mas se você só quisesse sexo, fora do namoro você conseguiria .
Dentro do namoro você mostra suas fraquezas e vulnerabilidades. Talvez você nem precise dizer quais são, basta um pouco de convivência que se nota. É como mexer em cocô seco. De tanto cutucar ele volta a feder. O "eu te amo" hoje pode ser o "eu te odeio" de amanhã. Geralmente é.- e eu sei beeeem disso. Sabe aqueles defeitinhos que você não gosta em você, mas ele diz que é seu charme? Espere o fim do namoro pra você ver qual a verdadeira opinião dele sobre isso. Especialmente pros amigos.
Outro motivo pra não namorar é se você está pobre. Não adianta, gastos sempre virão. Não é sempre que vai dar pra jogar o golpe do "esqueci o dinheiro na outra calça/bolsa, na próxima te pago". Uma hora você cai no golpe. Pra fazer seu coração sorrir você vai ter que fazer seu bolso chorar.
E o dia dos namorados? Ou datas comemorativas? As vezes também pode ser chamado de Dia da frustração. Aliás, tem casal que tenta ver quem é o melhor namorado dando o melhor presente. Os dois perdem.
No início, todas as datas são lembradas. O dia da primeira troca de olhares, do primeiro beijo, do início do namoro. Do dia que conheceu os pais... um mês, 2 meses, um ano... tudo é celebrado. Até que de repente, você esquece disso. E você quando lembra, tem a mesma sensação de quem está cumprindo pena na prisão. A diferença que a sua é voluntária. E por isso, é mais dolorosa de sair.
O namoro é como uma gangrena: quanto mais passa o tempo, maior a dor e a área a ser amputada no seu coração. Pense nisso.
Você pode pensar que eu sou contra o namoro. Que eu possa ser alguém que está infeliz num relacionamento, ou alguém que não consegue entrar num relacionamento. Mas eu sou a favor do namoro...

Inclusive. Beijos para os meus Ex trumes. Vocês sabem que eu não sou nem um pouco rancoroso né.

Metáforas de amores em minha vida



- Mas ouxe! Esse café ta frio ..
- Desculpa, mas a única coisa que ta quente aqui é a cerveja !

Reencontrando - me


Às vezes deixamos de fazer certas coisas das quais sabemos que vamos nos arrepender depois, mas mesmo assim não importa. E claro, acaba importando. Deixamos de visitar alguma pessoa que, em algum momento da nossa vida, teve uma importanciazinha (que, para os homens, geralmente essa pessoa é do sexo feminino, porque seria “pouco ortodoxo”, como diria meu avô Nelício '' Barba'' ), ou um grande amigo, companheiro de uns tragos de vez em quando (pra matá a tristeza, né!), que por causa da distância ou qualquer outro motivo impediram o reencontro. Talvez porque nos acomodamos demais à uma situação e deixamos o reencontro para amanhã. E no outro dia, continuamos deixando para amanhã.
Fazemos isso. Então chega o dia em se esgotam as possibilidades, e nos sentimos culpados, e responsáveis, por termos desperdiçado tanto tempo. E ficamos repletos de coisas por dizer e por demonstrar.
Sucede que ele era um garoto encantador. Nos encontramos poucas vezes, na verdade, mas é daqueles que valem a pena. Contaminado com o vício do vinho cantina da serra, o conheci numa roda de '' amigo'' , no interior da Bahia. Não fumava. Minto. Começou a fumar depois do segundo copo de vinho e da terceira garrafa suja, mas foi só um cigarrinho bobo. Não tinha outros vícios. Lembro que era de bom palavrório, e bom de baile. Adorava um lugar específico do Cais da cidade, que sempre frequentava sozinho a noite.
Por causa da distância, perdemos contato durante muito tempo, até alguns meses atrás, que ele deu para me importunar. Continuava morando no mesmo lugar, e queria me ver. Planejamos vários encontros, mas nenhum foi concluído (por falta de tempo ou outros inconvenientes). As ganas de reencontrá-lo começaram a aumentar, proporcionalmente com o remorso de não ter importado mais.
E ele já não importunava mais.
Outro dia, limpei a vergonha da cara e liguei pra ele.Queria conversar, explicar a situação, dizer que finalmente poderia viajar, que tinha sentimentos, que tinha planos, que queria conhecê-lo melhor, que tanto tempo foi deixado para trás...

Pela voz, quem atendeu foi uma senhora de setenta e poucos.
 
“Ele não mora mais aqui, meu filho. Mas sabe como é, né, comentário de cidade pequena... o povo diz por aí que esse menino emboiolou, foi pra Brasília falando em estudar, e agora se dedica a ensinar a esbórnia pra garoto novo.”
 
 

Eu não caibo em mim


Tenho passado por ventos destruidores ultimamente e pouco dividido com vocês o que é de devido meu nesse espaço que criei, mas hoje, acordei com uma confiança predominante e uma sensação de que as coisas vão dar certo, a menos que o mundo acabe mesmo antes do natal.
Eu criei esse blog como uma forma de autodefesa. Desde criança, raramente consegui satisfazer as pessoas dando respostas rápidas ou fazendo breves comentários sobre experiências pela qual passei. Em casa, com parentes, amigos, do alto de inúmeros púlpitos e em muitas outras oportunidades que tive para falar, costumava deixar mais perguntas no ar do que oferecer respostas satisfatórias. As pessoas sempre quizeram saber mais. Escrevi três manuscritos diferentes sobre minhas experiências, traumas, idiotices em geral com o objetivo de satisfazer as pessoas mais curiosas, mas nenhum deles conseguiu me satisfazer. Foi então que me encontrei em uma situação delicada da minha vida onde estava me sentindo completamente sozinho numa cidade grande, com a vida completamente consumida por vicios e pessoas que me transformaram em um ser completamente auto destrutivo e pedante e foi a partri daí que começei minhas confições nesse pedacinho de mim e me 'auto recuperei', como fenix ou como qualquer coisa que se levanta sozinha do chão e com isso recuperei também a escencia que tinha perdido nesse meio tempo turbulento.
Eu, sou um garoto pequeno e inquieto que não gosta de coisas perfeitas. Elas não tem emoção. Gosto de coisas imperfeitas, gosto do improviso, gosto de ver no que vai dar. Escrevo porque vivo entre extremos, gosto demais, detesto demais, admiro demais, repulso demais, mais ou menos não me agarra. Escrevo pra "tirar os meus excessos". Eu não caibo em mim.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sex


Eu preciso mais que sexo!
É preciso muito mais que sexo pra eu me apaixonar com intensidade,
É preciso muito mais que minutos românticos pra eu me iludir com facilidade,
Ser romântico, atencioso e carinhoso, não é sinônimo de imbecilidade,
Sou intenso em meus segundos mas sou rápido pra deixar saudade.
Essa é minha re-a-li-da-de!
Pra me ganhar é preciso ter muita ca-pa-ci-da-de!

Tenho pena dessas pessoas que colocam o sexo num pedestal e acham que os outros são pedaços de carne. Gente assim deveria existir em mundos alternativos.
Tenho mais pena ainda das pessoas que se transformam em objetos, totalmente iguais, e que em qualquer lugar se encontra, como cópia de revista em todas as bancas.
O mundo tá cheio disso! Só existe espaço pra futilidade e corpo nu.
Precisa-se urgentemente de mais Amor. E que seja de verdade. Daqueles até os cem.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Amarello Amor

 Carolina Ferraz
O que existe além do que já foi dito sobre o amor?
Toda minha vida pautada em amores que tive ou gostaria de ter.
Falando sobre os que tive, também não tenho muito a dizer.
Amei e fui muito bem amado.
Mas foi um amor, um único amor que veio cruzou minha vida, tocou a minha alma e ficou marcado em minha pele. 
Todos nos carregamos conosco uma história.
Aquela que só nos atrevemos a lembrar, quando durante a noite no escuro, encostamos nossas cabeças no travesseiro e o silêncio cala fundo.
Não importam os anos, certas coisas simplesmente permanecem.
Mas então, numa quinta-feira a tarde de um ano qualquer, tropeçamos nesse amor já supostamente esquecido.
Percebemos que amor igual não há e aquela pessoa continua e continuará a ser nossa referencia afetiva mais sincera e profunda.
Não é doença nem obsessão. Alias não é nada, só amor. Amor dos bons, daqueles que são únicos e maravilhosos, que acontecem poucas vezes na vida das pessoas. Daqueles amores que ficam e que teremos que conviver com ele como algo concreto e parte de nossas vidas.
Que alma consegue atravessar a vida sem ter conhecido o amor? E quem sabe ter a sorte de ser correspondido?
Que vida vale a pena sem amor?
Nenhum sentimento é mais lindo profundo e transformador que o amor.
Só o amor transcende e purifica, enlouquece, cura, invade, permanece, liberta e aprisiona.
Quando acontece é um som grave que penetra invade e permanece.
Não compliquem e nem elaborem o sentimento mais incrível e poderoso de todos.
Permitam que ele chegue e se instale.
Pois, o resto são bobagens meninos, bobagens.

domingo, 18 de novembro de 2012

Paredes


Paredes dispersas a minha frente
Um canto nesse chão, tudo que tenho
Ar pra respirar preciso
Pra minha matéria, pra minha alma
Penumbras lançadas a face
Encolhida ao som da brisa dessa noite
As mesmas sensações
De que o céu se derrama e lava e leva
Estrelas contidas em mim
Algumas reluzem, outras já se apagaram anos atrás
Mas estou tentando mais uma vez
Não deixar o escurecer-se total



Ela é encantadora. Não sabe o seu nome, nem da sua fama. Mas ela não precisa! Porque ela é tão especial que merece conhecer um outro lado seu. Aquele lado que você nunca mostrou pra ninguém. Ela é sempre ela mesma, e se valoriza até demais. Te seduziu em um olhar, e você ficou completamente apaixonado. Ela é maduraesperta. E inteligente demais para ficar com você.

sábado, 17 de novembro de 2012

Shiu!


O Silêncio é uma forma de fazermos contato com nós mesmos... E depois de sentir toda a essência em nós, deixa transbordar o que descobrimos. Ah! Me deixa brincar com as palavras. Que mal há nisso ? Me deixa escrever das coisas possíveis e impossíveis. E nas frações desse mundo de encanto, onde a palavra escrita ganha um reino, vou te contando os segredos da minha escuridão, quem sabe descubra que dele és parte. Me deixa brincar com as palavras aqui, que mal há nisso ? 
Sozinho por muito tempo, por longos momentos, a própria companhia leva a reflexão. Sua ignorância, leva a falta de intendimento do EU.
Tranquilamente...Observando.
Silenciosamente...Analisando.
Entendo meu encontro comigo e com os outros. 

Vaidade


Florbela Espanca
Sonho que sou o Poeta eleito,  Aquele que diz tudo e tudo sabe,  Que tem a inspiração pura e perfeita,  Que reúne num verso a imensidade!   Sonho que um verso meu tem claridade  Para encher todo o mundo! E que deleita..  Mesmo aqueles que morrem de saudade!  Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!   Sonho que sou Alguém cá neste mundo...  Aquele de saber vasto e profundo,  Aos pés de quem a Terra anda curvada!   E quando mais no céu eu vou sonhando,  E quando mais no alto ando voando,  Acordo do meu sonho... E não sou nada! 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Tudo passa... ou quase tudo. Ou quase passa...



Sabe aquela coisa de que você mais gosta? E aquela pessoa a quem você mais ama? Imagine sua vida sem nenhuma delas. Imaginou? Isso pode acontecer. E isso pode ser de uma hora pra outra, como num piscar de olhos, por assim dizer. E acontece.
Na verdade, todos os nossos gostares e amares são efêmeros, como a água da chuva, agora está aqui, e depois não está mais. Todos ou quase todos ao menos. Apenas Deus não passa, para aqueles (como eu) que nele acreditam. Se você não acredita, então você se enquadra na categoria ‘todos’. E essas coisas terminam mais fácil do que você imagina.
Pode acontecer de uma forma mais, ou menos trágica, depende da situação ou dos acontecimentos. Ou não. Por exemplo: a pessoa a quem você é mais apegado pode morrer de uma hora pra outra, ou simplesmente te trair e te destruir. Simples. Rápido. Totalmente doloroso.
Mas minha intenção não é a de escrever coisas tristes. Bom, ao menos não é  dizer coisas tristes. Até porque não considero a fragilidade de nossos amores algo triste, apenas é algo humano. O grande problema é que, com o passar do tempo, não nos entregamos mais aos nossos relacionamentos, devido ao medo que temos de sofrer por amor. Com o passar do tempo, acabamos vivendo menos por causa disso, tiramos a vida de nossos dias. E é perfeitamente compreensível que seja assim, pois se vivemos menos, também morremos menos, e ninguém gosta de morrer. Quem tem amor à vida se protege. Passa pela vida usando um cinto de segurança. Quem anda sem cinto, com a cabeça pra fora do carro, gritando, cantando e mexendo com quem está passando pela rua é insano. Eu me considero um pouco dos dois...
Mas aí é que está o bonito da vida: viver intensamente, até cansar. Dormir pouco, comer bem, amar muito as pessoas, independente do que elas são, e gostar muito de tudo isso.
Ah, já nem sei mais também. A vida não é uma receita de bolo: cada um faz de um jeito, e, no fim das contas, as coisas acabam dando certo, na maioria das vezes. Ou não. Complicado? Não, simples. Mas difícil, isso eu reconheço.
Não é sempre que sou assim também. Às vezes estou torcido. Todos temos nossas ‘torceduras’. Você também tem as suas. Já sabe quais são? Acha que não tem? Então limpe o espelho, e olhe bem de perto...

domingo, 11 de novembro de 2012


O sentimento da vingança é tão agradável, que muitas vezes o homem deseja ser ofendido para se poder vingar, e não falo apenas de um inimigo habitual, mas de uma pessoa indiferente, ou até mesmo, sobretudo em alguns momentos de humor negro, de um amigo.
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Tão cheia de fúria é a raça humana  que me segue enquanto eu caio.
Você odeia o meu rosto, meu abraço delicado. Você odeia quando eu estou por perto e se diverte enquanto eu me queimo.
Me machuque! Me veja rastejando no chão. Não é isso o que você tanto queria? Continue, se isso te faz voar!

Dedo Podre



O que é o tal do dedo podre pro amor? É gostar de uma pessoa e aquela exata pessoa não gostar de você? Por Deus, logo aquela pessoa? Ou então tem sempre o chato que gosta de você. Ai, que pedante que ele é! Jamais te conquistaria só pela pedância da pessoa, credo.

O que é o tal do dedo podre pro amor, não? Nos apaixonamos por alguns à primeira vista, cegos. Mas quem está ao nosso lado há anos, simplesmente desvalorizamos. O que é esse dedo pobre que todo mundo parece sangrar defeitos na minha frente, ignoro-os solenemente.

O que é o tal do dedo podre pro amor? É a minha inabilidade em ver as coisas boas? É meu pessimismo que toma conta e fode tudo? Ou será que estou sendo racional e apenas calculando o que não me prejudicaria emocionalmente? Não quero riscos, embora reclame que não tenha.

O que é o tal de dedo podre que não me deixa seguir, não sei onde vou, mas quero conhecer gente, eventualmente transar com elas, mas só. Se eu enjoar quero pular fora. Se eu amar, quero que me amem também.

E no fundo me aceito egoísta dos sentimentos alheios: quero o amor deles quando amar, quero distância se tenho nojo.

O dedo podre pro amor acaba sendo o corpo inteiro. Ou talvez o corpo limpo e desejável se sinta sujo devido às coisas de sua mente.

O que é o tal do dedo podre pro amor? Você o tem?


                                                                                        Frejat,Mauricio Barros e Mauro Sta. Cecília
Eu te desejo não parar tão cedo,
Pois toda idade tem prazer e medo...
E com os que erram feio e bastante,
Que você consiga ser tolerante...

Quando você ficar triste que seja por um dia e não o ano inteiro
E que você descubra que rir é bom,
Mas que rir de tudo é desespero...
...
Eu te desejo muitos amigos,
Mas que em um você possa confiar
E que tenha até inimigos para você não deixar de duvidar...
...
Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado ainda, exista amor para recomeça

É isso.

São vontades do destino


A vida nos molda,
nos desajusta,
nos desacerta.
O destino é tão irresponsável que brinca conosco, suas pequenas marionetes.
De tanto que nos manipula de repente sequer nos reconhecemos.

Travesso destino que nunca permite que algo saia como planejamos.
Deve ser por isso que já não nos encaro mais com qualquer romantismo
e vivo só um sentir puro e escancarado de momento,
sem qualquer sonho ou plano para acompanhar.
Eu vivo essa realidade crua sem nenhuma fantasia para adoçar.
A essa altura me instiga tudo o que é estranho
o que não é exato
o que desajeita do não saber como ser de outro modo.
Me inspira tudo aquilo que eu não espero,
mas que também já não me surpreende
de tão calejado que as expectativas me deixaram.
Só desejo o que é positivamente violento
e passa como vendaval.

Desejo o que como eu está entregue à sorte
e vem até a minha vida por qualquer peraltice do menino destino.
Seja o que for, não busco mais.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Eu X Testemunhas de Jeová


Mais uma vez as testemunhas de Jeová me perseguindo nas ruas de Brasília.
Tava eu lá todo molhado esperando a chuva passar, doente na porta de uma farmácia, quando me aparece um ser humano solicitando  para não dizer forçando  a minha presença em uma de suas igrejas. Por que será que eles gostam tanto de mim ? - A pergunta que não quer calar..

- Eu acho que igreja não tem nada haver com espiritualidade e eu acho que é algo que você tem que encontrar em você mesmo, é sobre você expressar seus maiores medos e emoções e coloca-los em algo. Não é sobre viver com medo, rezando e esperando não ir para o inferno, isso não é espiritualidade pra mim.
Tem mais, meu querido senhor ! Normalmente, as pessoas odeiam as coisas de que tem medo, é uma história clássica e isso lembra até Jesus, eles estavam com medo de entende-lo e então o mataram. Acho que a mesma coisa existe comigo, sabe, talvez eu devesse ser religioso e fazer todo mundo feliz, mas eu acho que se encontrasse Jesus - que pra começar, eu não saberia  que estava perdido - eu não acho que ele seria tão diferente de mim. Ele é um cara de ideologias de cabelo comprido e que gosta de se vestir sexy...
Eu não discordo de muitas ideias  que os cristãos , evangélicos e afins religiosos tentam passar, eu só não gosto do modo de como vocês abusam disso pra explorarem os outros e fazerem com que até as crianças se sintam culpadas por terem imaginação e quererem ser individuais.

Corri daquele lugar e deixei aquela pessoa com uma expressão do tipo.. '' Menino com demônio no corpo'' . Porque na verdade, eles não fazem questão de ouvir nada contraditório a eles e pra esse povo eu não tenho paciência....

terça-feira, 6 de novembro de 2012

2013



O ano está em seus últimos suspiros. Dois mil e doze está prestes a virar pó, e parece que já vai sem nem ter começado... Mas não é assim que é; é assim que é para mim. É assim que foi. É assim que me parece. E parece que vai embora como começou. Calmo. Sereno. Tranquilo. Lento... como aquele carrinho de montanha russa, subindo até despencar numa loucura sem fim, nos fazendo passageiros indefesos. Acho que é isso mesmo, muitas vezes somos meros espectadores da vida passando à nossa volta.Eu queria um 2013 diferente, mas me sinto no olho do furacão. O ano que está passando foi de ventos violentos (figurativamente falando ou não), e essa calmaria repentina perto do fim soa como um prelúdio ao que está por vir. Pode ser um vendaval, uma enchente, uma onda gigante ou as ‘costas’ do furacão, não sei... mas o que quer que venha, seja forte o suficiente para levar embora o que não presta, ou nos carregar para um lugar melhor.
Soa piegas, mas é verdadeiro... um 2013 repleto de boas surpresas para todos nós! [/clichê]

Lágrimas Ocultas

Florbela Espanca










Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querido,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativo, olhando o vago...
Tomo a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monje de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Falar ou não Falar...



Não gosto de falar. Não consigo falar. Todo o pouco que presumo saber se resume ao que escrevo, e isso é muito pouco mesmo. Agora, quando o assunto é falado... aí sei menos ainda.
Me enrolo nas palavras e tropeço nelas. No fim, prefiro o silêncio.
Mas nem sempre fui assim.
E talvez a blogosfera tenha sido o que me causou isso. Eu costumava ter a habilidade de expressar aquilo que pensava e sentia, mas agora sinto que sei apenas escrever. E isso não é tudo. Isso não é nada. Não, isso é nada, ou talvez menos.
Mas sinto e percebo meus pensamentos como se eles estivessem escritos. Admiro quem consegue falar. Admiro muito. Ainda pretendo ter o meu vlog um dia, mas isso requer muito treino e concentração. E tempo é o que menos tenho para tal agora.
Meus desejos de palavras faladas irão provavelmente para aquela pilha de "coisas que eu vou fazer um dia", que no momento está atirada num canto escuro de um armário mofado e feio, um canto de mim. Ou talvez eu seja assim mesmo - uma conjunção de coisas feias que tentam parecer belas a quem observa desavisadamente. Um homem mau que tenta ser bom.
Mas daí eu começo a pensar que somos todos assim - o que talvez seja mais uma armadilha da minha mente, tentando fazer os outros se parecerem com o que sou. Nos finalmentes, fica tudo no zero-a-zero, porque aquilo que sou, aquilo que penso ser, e aquilo que os outros vêem em mim de nada serve. De nada adianta. De nada é feito. E ao nada voltará um dia...
E esses estranhos e entrecortados pensamentos sim podem dizer algo 'verdadeiro' a respeito do que sou, ou ao menos de como me sinto: estranho e entrecortado. Pedaços múltiplos de muitas vidas, costuradas a esmo nesse ser que ora escreve, porque não pode falar...


Viver é, muitas vezes, não ter a vergonha de ser feliz. E outras vezes é não ter a vergonha de sofrer. E acho que não precisamos esconder nem uma coisa, nem outra. Li em algum lugar uma frase da Martha Medeiros que dizia que era preciso viver a dor também. Era isso ou mais ou menos isso, mas eu concordo com ela. Não acho, porém, que devemos nos prender à dor - devemos deixar que ela se vá, e procurar a felicidade; só que não podemos também viver uma felicidade alienada e sem motivos. Não podemos fingir que as dores não existem e que nosso caminho são rosas - não podemos ignorar a presença dos espinhos. Às vezes viver, outras sobreviver. Viver a dor e deixá-la ir embora, acho que é por aí o caminho, embora eu ache que acho muita coisa e pouco saiba, ou quase nada. O que sei é que somos seres impermanentes. Não mudei minha opinião de que tudo muda constantemente. Olhe à sua volta, e preste atenção aos detalhes. Olhe sua vida há um ano atrás e compare com o agora, e me diga: você não mudou?
O mundo está mudando, as pessoas idem. Nós inclusive! Mas isso não precisa ser ruim a menos que você queira que seja assim. A chave da felicidade ou da tristeza não está nas mãos de ninguém além de você mesmo. Então, se você quiser mesmo ser feliz, sugiro que levante do sofá agora mesmo e faça alguma coisa. Afinal de contas, o mundo gira muito rápido.
Até quando você pretende ficar aí, parado?