segunda-feira, 30 de julho de 2012




Achei um e-mail interessante na minha caixa de rascunho. Tão antigo, nem lembrava mais dele.
Dizia apenas:
"Dia desses eu vou parar de escrever sobre você. E aí você vai sentir saudades."
"Ou não."

Estranho pensar que esse dia chegou.
(...)
Mais estranho ainda é pensar que eu incorporei o caboclo Nostradamus Caetanus para escrever o e-mail. Imagina se o Caetano Veloso resolvesse ser vidente. "Dois aviões vão colidir no espaço aéreo brasileiro. Ou não". "Haverá um ataque terrorista a dois edifícios comerciais em Nova York. Ou não". "Duzentas e cinquenta pessoas vão morrer de ataque cardíaco amanhã no caminho para o trabalho. Ou não". "O Junior do Sandy&Junior é gay. (Silêncio)".


Tirando minha tia avó e alguns pedreiros, ninguém nunca me chamou de "meu amor". E tenho certeza de que nunca disse o mesmo para alguém que não estivesse furando o meu lugar na fila: "Meu amor, cai fora daí". Ou alguém que não fosse uma bicha cabeleireira: "Corte joãozinho? Mas nem morta, meu amor". Ou se não fosse para argumentar com uma mulher muito chata: "Meu amor, olha só, pra começar você é gorda". 
Hoje – 30- 07- 12, estou fazendo 23 anos e estou no meu primeiro relacionamento de verdade a 9 meses . Talvez eu seja novo demais para me preocupar com algumas coisas. Em compensação, já tenho idade suficiente para querer ser velho em alguns momentos.
Como quando alguém me chama para ir em algum eventozinho de pessoas descoladas. "Já tô velho demais para essas coisas", eu respondo. Não que antes eu tivesse alguma vontade de ir, mas agora eu adquiri o passe. Finalmente, tenho o direito de dizer "não". 
Boate muito cheia, sem lugar para as pessoas se mexerem: "Tô velho para essas coisas, gente". Aniversário da pessoa mais insuportável do trabalho na quarta-feira à noite: "Desculpa, mas é que eu realmente tô velho demais para essas coisas". 
Acho que essa é uma das grandes vantagens de ficar velho. Quanto mais o tempo passa, menos você se sente compelido a fazer o que não quer. E, de quebra, ainda ganha a desculpa perfeita. "Estou velho demais" é um argumento inquestionável. A pessoa não vai discutir com alguém que está velho demais. Pelo contrário, isso é quase como um "respeite meus cabelos brancos". Só que, nesse caso, tá mais para "respeite todos aqueles anos em que eu saía peregrinando de bar em bar, depois ia a uma boate, dançava a madrugada toda e só voltava pra casa depois das seis da manhã". 
O "já tô velho demais pra isso" serve para todo tipo de situação. Inclusive para a vida afetiva. Porque chega uma hora em que você simplesmente não tem mais paciência para os joguinhos de outrora. Existe um momento, muito nítido, em que você se dá conta de que está mesmo velho demais para não fazer o que tem vontade de fazer. Ou vice-versa. 
Hoje, dia 30 de julho , estou fazendo 23 anos e estou no meu primeiro relacionamento sério. Tive desencontros, equívocos, mal-entendidos. Relacionamentos platônicos, impossíveis, imaginários. Todos eles. Mas reais e adultos,  é a primeira vez que estou vivenciando.
Não sei por que isso demorou – ou não- para acontecer . Talvez porque eu sempre focava as pessoas erradas. Ou talvez porque eu morria de medo de precisar de alguém. De ficar vulnerável e quebrar a cara.
Seja como for, de uma coisa eu tenho certeza. Apesar de ser muito novo para me preocupar com certas coisas, eu já estou velho demais para não admitir que ele é melhor presente que eu recebi no alto desses 23 anos.

domingo, 29 de julho de 2012



Uma vez me perguntaram se eu tinha medo de avião. Respondi que não, claro. Eu não tenho medo de uma estrutura metálica com microjanelinhas de submarino e fileiras de poltronas que espremem suas pernas como paredes movediças do Indiana Jones. Não. Eu não tenho medo de avião. Eu tenho medo é de morrer. Não possuo nenhum embasamento científico sobre o assunto, mas acredito que todo medo, no fundo, está atrelado ao medo da morte. Fobia a aranhas, elevadores, cobras, medo de entrar no mar, de altura, de ser assombrado por almas penadas sedentas de sangue. Tudo isso é medo de partir dessa para melhor. Ou pior, vai saber. É por isso que nunca entendi uma certa fobia que vi na tevê faz um tempo, envolvendo – música de terror – botões. Sério mesmo. O cara tinha pavor de botões. Botões, desses de costurar na roupa. O pesadelo desse sujeito deve ser ir a um armarinho. Imagina... Ele olhando pros lados e berrando de horror, ahhhh botões! Botões! – e os botões lá, encarando o botãofóbico como pássaros hitchcockianos. Se pelo menos fossem zíperes... Zíperes me parecem mais perigosos e, se você se esforçar bastante, pode até morrer de zíper. Infelizmente, ele não resistiu aos ferimentos causados por um fechamento equivocado de zíper. Mas botões? De que forma poderiam estar associados à ideia de morte? É levar muito ao pé da letra a expressão “abotoar o paletó”. 
Mas voltemos ao meu medo. Que não é de avião, mas de morrer dentro dele. Ou fora dele, sugado pela pressão exterior. Desde o momento em que a “aeronave” – como eles gostam de chamar, como se a palavra “nave” tornasse tudo menos mortal – acelera para decolar até o exato instante em que a primeira rodinha toca o solo, eu não consigo pensar em outra coisa além de “ai meu deus, eu vou morrer”. “Ai meu deus eu vou morrer”, enquanto a aeromoça explica como se utiliza uma máscara de oxigênio – procedimento que, aliás, a maioria das pessoas não vai saber fazer na hora, pois nunca prestou atenção na demonstração. “Ai meu deus eu vou morrer”, quando estamos passando por uma área de turbulência. “Ai meu deus eu vou morrer” e minha última refeição será um saquinho de batatas fritas genéricas. Considerando isso, imaginem qual não foi meu dilema quando, ao esperar a hora do embarque, uma atendente se dirigiu a mim e me ofereceu um lugar no vôo anterior. Quer dizer, clássica situação da pessoa que escapou por um triz de uma tragédia horrível. O problema era deduzir qual seria a “aeronave” condenada: a que constava na minha passagem ou aquela que o destino estava me oferecendo. Porque, não se enganem, um dos aviões estava fadado a cair. Não pude deixar de pensar naquelas pessoas que se atrasaram para o Titanic. Eu estava a ponto de ter uma história como essa. Ou dar essa história de bandeja para a pessoa que sentaria no meu lugar no vôo seguinte. Assento 3A. Eu gosto de janela. Acabei abraçando a intervenção do destino e escolhi o vôo anterior. A senhora que entrou comigo achou bom quando viu que o avião estava vazio. Tola, ingênua senhora. Quando eu vi aquela “aeronave” sem quórum de passageiros, eu tive certeza de que iria morrer. E seria uma tragédia meia boca, do tipo dos males o menor, pelo menos o avião não estava cheio. Não duraria nem dois dias nos noticiários. As imagens dos familiares chorando no aeroporto seriam pouco comoventes, coisa de dez, quinze gatos pingados. O cinegrafista teria até que fechar mais o quadro para o assunto parecer minimamente relevante. Mas eu não tenho medo de avião. Nem de aeronave. Talvez de espaçonave. Não acharia conveniente ser abduzido nesse momento, apesar de ter muito tempo. Só que morrer aí também já seria sacanagem. Eu acabei de sair do emprego e estou num relacionamento sério. Eu ainda nem ganhei um Oscar ou beijei o Wagner Moura. E eu nunca viajei para as centenas de lugares incríveis que pretendo viajar. Provavelmente de avião. E morrendo de medo de morrer.

terça-feira, 24 de julho de 2012





'Meu Príncipe não veio em cavalo branco, não tem muito dinheiro. Mas eu o amo mesmo assim.
Meu Príncipe arruma toda a casa, prepara a minha comida, enquanto eu to no botequim.
Meu Príncipe me dá multipolos orgasmos, são 13 no total.
Ele limpa o banheiro, eu trabalho o dia inteiro, ele lava a roupa suja e bebo bebo bebo..
Ele briga com as crianças e eu toco violão. Ele quer discutir a relação e eu não.'


Lulina - Meu Príncipe












































Precisei perder um pouco de vitalidade para alcançar a serenidade e dar ao tempo permissão para me mudar.
Ainda não é paz, mas pelo menos me equilibrei.
Não me jogo mais no temporal.



Não desejo que alguém me salve do descontrole absoluto dessas vontades que me vem.Meu espírito liberto me compromete, e eu prefiro assim. Seguir de peito aberto é mais difícil, mas o melhor de mim está aí, no meu núcleo sempre exposto, no ponto em que eu afloro. E eu sempre me afloro todo, em doce e salgado, em rio e oceano, em dor e em riso.Viver a flor da pele é essencial para o pulsar. E eu pulso descontrolado até o fim.


Não desejo que alguém se compadeça de tão seco coração.
A mediocridade é digna de pena.
Tanta maldade não merece compaixão,
Tamanhos desfavorecidos intelectualmente
Tornam-se absurdamente inconvenientes quando
Despendem suas vidas em tentar ser o que não são,
O que não serão,
   Porque Deus não os contemplou com a humildade
Só vazio absoluto.
Por tal mortal não se cria piedade
E por eles não há bandeira em meia haste simbolizando a dor do luto.
Eu, no meio do fogo cruzado da futilidade
Defendo sozinho os ideais pelos quais luto.
Continuo tendo a inteligência como aliada
E faço dela escudo pela minha felicidade.
Procurando não ser bruto com que não cala,
Aprendi que o silêncio é dádiva do conteúdo.

segunda-feira, 23 de julho de 2012



Talvez não valha mais a pena eu ficar me humilhando, esperando que os outros me deem de volta o que eu penso que dou. Às vezes não basta você só amar, o amor é simples, ele por ele se resolve.  A significância está na questão de que, até onde as pessoas são capazes de aguentar caladas os espinhos para não ver seus relacionamentos cair pelo chão? Tem hora que as pessoas nos machucam tanto que pensamos que esse  seria o momento de certo de dizer chega. Pelo menos comigo acontece. Eu faço de tudo pra satisfazer a pessoa que eu amo, e o que ganho em troca são só palavras duras que insistem em me machucar.
Eu não posso adivinhar quantas gotas de chuva caem numa mesma folha. Mas acredito que possam cair muitas. Assim como não posso adivinhar o que acontece na sua cabeça, ao mesmo tempo, não posso controlar as coisas ruins que possa pensar de mim e nem posso satisfazer suas vontades de me tornar a pessoa perfeita que você sonha ter. Eu tive muitas vidas antes de você. Eu não sou tão ingênuo quanto você pensa. Minha chama ainda continua acesa. Não quero por em risco que ela se apague. Uma vez apagada, pra mim, nunca mais se acenderá. Mesmo que todas as faíscas do mundo façam lembrar-me de cada pedaço que foi perdido no vento. Não, você não pode exigir que meus controles caiam aos seus pés e suas vontades, toda vez que eu machuco seu ego. Por que são justamente essas minhas engrenagens que me carregam para você. 
Eu não posso adivinhar quantas gotas de lágrimas chorei hoje tentando encontrar razões pra atitudes tão grosseiras. Mas eu acredito, que trezentas mil delas, eu consegui contar.



Nada é tão complicado quando se tem o coração limpo.
Eu só queria
Dos sorrisos mais paixão,
Das palavras mais verdade,
Das atitudes mais doação,
Para as maldades mais castigo,
Para as bondades mais visão,
Para o sentimento mais valor,
Para o valor frio menos razão
E para todo o resto mais igualdade.

Só é leal a uma causa quem a ama com pureza e só ama com pureza quem recebe o mesmo amor.
O mundo só é cruel para aqueles que veêm maldade em tudo.
Apesar do meu mundo não ser sempre colorido, nele existe o bem.


Eu tenho medo de quem não sabe sorrir, de quem tem o abraço quadrado e o aperto de mão afrouxado.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Nem tudo é realmente o que parece ser. Nem todas as histórias de amor são verdadeiras, e nem todas elas seguem um perfeito modelo, se nem mesmo a Rapunzel possui cabelos.





As redes sociais trouxeram consigo dois grandes benefícios - e não, eu não estou falando daquelas chatices do Farmville e do Mafia Wars. Eu me refiro aos poderes quase divinos que essas redes nos emprestam. Lá nós somos onipresentes e, principalmente, oniscientes. O que é ao mesmo tempo uma dádiva e um estorvo.
O Facebook, por exemplo, tão inventivo e sagaz, devia ter algum tipo de aplicativo que nos avisasse precisamente o momento de parar nossas pesquisas nos perfis alheios. Ainda mais se o perfil alheio em questão for o de alguém em que você está interessado.Porque até um certo ponto a pesquisa é saudável. É justa, é digna. Mas a fronteira entre a dignidade e o excesso de informação é meio nebulosa. Quando você se dá conta, já está a quilômetros de distância da tal fronteira, mais precisamente na página do melhor amigo do garoto que você suspeita que o tal "alguém" esteja pegando.Aliás, ênfase na palavra "pegando". Mais uma daquelas informações que era melhor não saber. Que o Facebook Team devia ter te impedido de descobrir, bloqueado seu acesso, te distraído com um anúncio irritante do Farmville, o que fosse.
Quando alguém que te interessa usa o termo "pegar", não tem como a carapuça não te servir imediatamente, quase que numa surra de carapuça. Você vai ser pego por ele, muito em breve. E vocês vão aprontar uma tremenda pegação. Mas vá lá. Eu confesso que de vez em quando também me escapa um "peguei fulano", entre amigos, num clima de descontração alcoólica. Só que estando do outro lado e analisando friamente, não posso negar que me senti um pouquinho desconfortável.
"Pegar" é um termo tão juvenil, tão casual. Você pega uma fruta na geladeira, um suco. No meu caso, eu não pego nada, porque a minha geladeira está sempre vazia ou com restos de comida de outros dias. O que, convenhamos, não é lá muito diferente do que foi minha vida afetiva a uns 9 meses atraz. Sim, eu conheci uma pessoa, ele é bom pra mim e estamos felizes. Mas voltando ao caso, quando você diz que "quer pegar fulano" ou que "está pegando sicrano", a impressão que dá é que o objeto da sua pegação é tão importante quanto o ultimo bife que sobrou do almoço. Pegar é sinônimo de absolutamente nada relevante. Assim como a comida na geladeira, você pega, você come, você joga o resto fora.
Eu sinto falta da época em as pessoas usavam o termo "ficar". Porque, bem ou mal, você não está só "pegando" o indivíduo, você está "ficando"com ele. É uma evolução de comida de geladeira para bichinho de estimação. Por isso, a partir de hoje, não saiam por aí a "pegar" mais ninguém. Ok, não serei radical no conselho. De vez em quando é bom acontecer. Mas enquanto as redes sociais  nos permitir sermos oniscientes, eu detestaria saber que alguém me considera "pegável".

quarta-feira, 18 de julho de 2012







Perto o suficiente pra iniciar uma guerra. Tudo que eu tenho caiu-se pelo chão. Só Deus sabe o porquê de estarmos lutando. Tudo que eu digo, você sempre diz mais. Eu não posso continuar com essas mudanças de jogo. Controlado por você, eu não consigo respirar. Então, eu não vou deixa-lo perto o suficiente para me machucar. Não, eu não vou perguntar, você só me cala. Eu não posso te dar o que você acha que me deu, é hora de dizer adeus a essas viradas de jogo. 
Sob o mais difícil disfarce eu vejo você. Onde o amor está perdido, o seu fantasma é encontrado. Eu enfrentei uma centena de tempestades para encontra-lo, por mais que você tente, não, eu nunca serei derrubado. Porque eu não posso acompanhar as suas mudanças de humor. Controlado por você, eu não consigo respirar.
Da próxima vez eu serei mais corajoso, serei meu próprio salvador. Quando o trovão chamar por mim. 
Da próxima vez eu serei mais corajoso, serei meu próprio salvador. Permanente sobre meus próprios pés.

Turning Tables, Adele.




Pra quê ter personalidade. Pra ser excluído?




terça-feira, 17 de julho de 2012






Hoje, sem mais textos, quero deixar aqui registrada uma ideia que me toma:
Eu não estou na disputa, portanto apesar da força que tenho, não sou ameaça. Não quero estar na briga, na peleja, nem na sombra. Eu só quero ficar na minha, levar meus dias tranqüilo, estudar tudo que me instiga, ouvir meu Rock 'n roll e um pouco de MPB, encontrar meus amigos no bar, ler meus livros e transcrever meus excessos. Eu nem quero grana, nem nome, nem qualquer status bobo. Sendo assim, me deixem fora dessa corrida maluca em que a vida foi transformada, deixem o meu tapete onde ele está, eu não quero mais que ir voando com ele até ao meu trabalho.
O tempo é raridade, depois que passou nunca mais! Para que perder ele com coisas pequenas, palavras miúdas, vontades mesquinhas, joguinhos hipócritas? Desculpem vocês, mas eu prefiro usar o meu para evoluir espiritualmente, para aumentar minha luz, para conquistar mais amigos, mais sorrisos, mais simpatia e empatia. Sim, eu sou feliz, sou inteligente e tenho motivos para gargalhar muitas vezes por dia. O que pode ser mais bonito que isso?


quinta-feira, 12 de julho de 2012


É a duras penas que você me ensina ....  Fato sobre mim: Depois das lágrimas, vem a raiva.

Extremista


Não sei fazer jogo, digo isso pq sou transparente, aberto, exposto. Não sei disfarçar o que sinto ou não sinto. Se gosto, gosto muito e se não gosto também. Não sei ser certinho, controlado, meio termo, não sei medir as palavras. Quando quero mergulho de cabeça, e muitas vezes tenho a cara quebrada. Doiiii, doi por muito tempo, mas eu levanto, sacudo a poeira e a vida segue. A experiência coloca na conta. Sou tudo nos extremos, já tentei e não sei ser menos.




O que precisamos fazer pra sermos aceitos?
O que temos de dizer?
O que temos que fazer para sermos respeitados?
Como devemos jogar?
Como devemos parecer pra sermos iguais?
Pra onde devemos ir?
Em que clube devemos entrar para nos sentir valorizados?
Quem devemos conhecer?
O que temos que aprender para saber o que é certo para nós?
O que temos que saber?
O que vamos fazer quando nos sentirmos certinhos?
Para onde devemos ir?
Quem deve dizer no que devemos acreditar?
Quem tem esse direito?
O que faremos com toda essa raiva e por que temos que brigar?
Por que não podemos aprender a desafiar o sistema, sem viver com dor?
Por que não conseguimos aprender a aceitar que somos diferentes
Antes que seja tarde demais?
Por que é tão difícil amarmos uns aos outros. Por que é tão dificil amar?


A maioria das pessoas, pelo menos as que eu conheço, fica feliz ao receber uma notícia boa. O que aparentemente é uma coisa normal. Exceto pra mim. Quando eu recebo uma notícia boa, eu fico desconfiado. Quando é mais de uma notícia boa ou, pior, quando elas são todas ótimas, incríveis e extraordinárias, eu fico muito, mas muito preocupado.
A questão é simples e muito compreensível, basta que você acompanhe meu raciocínio: não é possível que tantas coisas boas aconteçam pra uma só pessoa, de uma só vez. É como jogar cartas e receber quatro, cinco coringas juntos. Pra isso acontecer, alguém no jogo vai ter que se dar mal.
A princípio, a lógica parece boa pro dono dos coringas. Tudo indica que ele está no controle da situação, que é o rei da partida. Só que na hora de bater, seu jogo pode acabar todo sujo. E o outro jogador, aquele desprovido de sorte no começo, tem tudo pra vencer com uma porção de canastras reais.
O que eu quero dizer é que notícias maravilhosas e inacreditáveis não são garantia de nada. Até porque existe uma razão para elas se chamarem "notícias inacreditáveis". Não me interessa o que seu terapeuta motivacional disse, a vida simplesmente não pode ser assim tão generosa.
O Universo precisa estar balanceado. É o tal do ''status quo''. Maldito status quo. Isso significa que quando você recebe várias notícias boas durante um dia, alguém, em algum lugar desse imenso planeta, ficou sem coringas. E amanhã, quando a partida recomeçar e as cartas forem novamente embaralhadas, o Universo vai te tirar alguma coisa. E aposto que vai ser aquele ás de copas.

quarta-feira, 11 de julho de 2012



Estou cansado desse déjà vu dos infernos. Já ouvi certas frases tantas vezes que elas nem machucam mais. Passam batidas, como aquela mulher que entrou no supermercado com uma faca nas costas e não sentiu nada. Eu vi no Fantástico uma vez. Sem mais...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Allende.





Eu quero a vida boa. Mas eu não quero um caminho fácil. O que eu quero é trabalhar para isto, sentir o sangue e suor na ponta dos meus dedos. É o que eu quero para mim. Eu quero saber tudo, talvez algum dia eu consiga. O que quero é achar meu lugar. Respirar o ar e sentir o sol no rosto dos meus filhos. Isso é o que eu quero. Eu quero esquecer todas as decepções, é isso o que espero. O que eu quero é viver para sempre, e isso não está definido por tempo ou espaço. Viver em um lugar tranqüilo... É isso o que eu quero.

Aperto no Peito.







Se um dia você me deixar amor, deixe um pouco morfina na minha porta. Porque eu precisaria de muitos medicamentos, pra perceber que não temos mais o que tínhamos. Nenhuma religião poderia me salvar, não importa quanto tempo eu passo ajoelhado. Então, lembre-se dos sacrifícios que eu estou fazendo para te manter do meu lado e evitar que você saia pela porta.
Eu sei que eu nunca vou ser o favorito da sua querida mãe. E acredito que seu pai nunca irá me olhar nos olhos. Mas, se eu estivesse no lugar deles eu faria a mesma coisa. E diria: "Lá vai nosso garoto com aquele cara problemático". Mas eles têm medo de algo que não conseguem entender. Moreno, vou fazê-los mudar de ideia .Sim, por você, eu vou tentar, eu vou tentar, eu vou tentar, eu vou tentar e recolher qualquer caco que ainda ficar espalhado pelos cantos até que minhas mão sangrem se isso fizer você ser eternamente meu.
Porque não haverá luz do sol se eu te perder, amor. Nem céu claro. E assim como as nuvens, meus olhos farão o mesmo se você for embora. Todo dia, irá chover, chover, chover...


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Morrer não Dói





O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível. Uma pureza que está sempre se pondo...indo embora. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue, bonita e breve. Como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói.