Tirando minha tia avó e alguns pedreiros, ninguém nunca me
chamou de "meu amor". E tenho certeza de que nunca disse o mesmo para
alguém que não estivesse furando o meu lugar na fila: "Meu amor, cai fora
daí". Ou alguém que não fosse uma bicha cabeleireira: "Corte
joãozinho? Mas nem morta, meu amor". Ou se não fosse para argumentar com
uma mulher muito chata: "Meu amor, olha só, pra começar você é
gorda".
Hoje – 30- 07- 12, estou fazendo 23 anos e estou no meu primeiro relacionamento de verdade a 9 meses . Talvez eu seja novo demais para me preocupar com algumas coisas. Em compensação, já tenho idade suficiente para querer ser velho em alguns momentos.
Como quando alguém me chama para ir em algum eventozinho de pessoas descoladas. "Já tô velho demais para essas coisas", eu respondo. Não que antes eu tivesse alguma vontade de ir, mas agora eu adquiri o passe. Finalmente, tenho o direito de dizer "não".
Boate muito cheia, sem lugar para as pessoas se mexerem: "Tô velho para essas coisas, gente". Aniversário da pessoa mais insuportável do trabalho na quarta-feira à noite: "Desculpa, mas é que eu realmente tô velho demais para essas coisas".
Acho que essa é uma das grandes vantagens de ficar velho. Quanto mais o tempo passa, menos você se sente compelido a fazer o que não quer. E, de quebra, ainda ganha a desculpa perfeita. "Estou velho demais" é um argumento inquestionável. A pessoa não vai discutir com alguém que está velho demais. Pelo contrário, isso é quase como um "respeite meus cabelos brancos". Só que, nesse caso, tá mais para "respeite todos aqueles anos em que eu saía peregrinando de bar em bar, depois ia a uma boate, dançava a madrugada toda e só voltava pra casa depois das seis da manhã".
O "já tô velho demais pra isso" serve para todo tipo de situação. Inclusive para a vida afetiva. Porque chega uma hora em que você simplesmente não tem mais paciência para os joguinhos de outrora. Existe um momento, muito nítido, em que você se dá conta de que está mesmo velho demais para não fazer o que tem vontade de fazer. Ou vice-versa.
Hoje, dia 30 de julho , estou fazendo 23 anos e estou no meu primeiro relacionamento sério. Tive desencontros, equívocos, mal-entendidos. Relacionamentos platônicos, impossíveis, imaginários. Todos eles. Mas reais e adultos, é a primeira vez que estou vivenciando.
Não sei por que isso demorou – ou não- para acontecer . Talvez porque eu sempre focava as pessoas erradas. Ou talvez porque eu morria de medo de precisar de alguém. De ficar vulnerável e quebrar a cara.
Seja como for, de uma coisa eu tenho certeza. Apesar de ser muito novo para me preocupar com certas coisas, eu já estou velho demais para não admitir que ele é melhor presente que eu recebi no alto desses 23 anos.
Hoje – 30- 07- 12, estou fazendo 23 anos e estou no meu primeiro relacionamento de verdade a 9 meses . Talvez eu seja novo demais para me preocupar com algumas coisas. Em compensação, já tenho idade suficiente para querer ser velho em alguns momentos.
Como quando alguém me chama para ir em algum eventozinho de pessoas descoladas. "Já tô velho demais para essas coisas", eu respondo. Não que antes eu tivesse alguma vontade de ir, mas agora eu adquiri o passe. Finalmente, tenho o direito de dizer "não".
Boate muito cheia, sem lugar para as pessoas se mexerem: "Tô velho para essas coisas, gente". Aniversário da pessoa mais insuportável do trabalho na quarta-feira à noite: "Desculpa, mas é que eu realmente tô velho demais para essas coisas".
Acho que essa é uma das grandes vantagens de ficar velho. Quanto mais o tempo passa, menos você se sente compelido a fazer o que não quer. E, de quebra, ainda ganha a desculpa perfeita. "Estou velho demais" é um argumento inquestionável. A pessoa não vai discutir com alguém que está velho demais. Pelo contrário, isso é quase como um "respeite meus cabelos brancos". Só que, nesse caso, tá mais para "respeite todos aqueles anos em que eu saía peregrinando de bar em bar, depois ia a uma boate, dançava a madrugada toda e só voltava pra casa depois das seis da manhã".
O "já tô velho demais pra isso" serve para todo tipo de situação. Inclusive para a vida afetiva. Porque chega uma hora em que você simplesmente não tem mais paciência para os joguinhos de outrora. Existe um momento, muito nítido, em que você se dá conta de que está mesmo velho demais para não fazer o que tem vontade de fazer. Ou vice-versa.
Hoje, dia 30 de julho , estou fazendo 23 anos e estou no meu primeiro relacionamento sério. Tive desencontros, equívocos, mal-entendidos. Relacionamentos platônicos, impossíveis, imaginários. Todos eles. Mas reais e adultos, é a primeira vez que estou vivenciando.
Não sei por que isso demorou – ou não- para acontecer . Talvez porque eu sempre focava as pessoas erradas. Ou talvez porque eu morria de medo de precisar de alguém. De ficar vulnerável e quebrar a cara.
Seja como for, de uma coisa eu tenho certeza. Apesar de ser muito novo para me preocupar com certas coisas, eu já estou velho demais para não admitir que ele é melhor presente que eu recebi no alto desses 23 anos.
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