Eu tive tantas vidas desde que eu era uma criança, e agora que eu percebi quantas vezes eu precisei morrer. Eu não sou aquele tipo de garoto. As vezes, eu sou muito tímido. As vezes, acho que posso voar mais perto do céu. A vida não tem manual de instruções, esse mundo não é tão gentil. Pessoas armadilham sua mente. É tão difícil encontrar alguém para admirar. Sabe, eu durmo bem melhor à noite, eu me sinto mais perto da luz. Eu não assisto TV . Eu não perco mais meu tempo. Não leio revistas. Não preciso de mais mentiras. Não é bom ser mal interpretado, não gosto de ser subtendido. Eu tenho medo de sair de casa, mas eu saio, não me importo com o que o mundo pensa sobre mim. Não quero que um estranho me passe uma doença social. Mas, eu, estou sempre evoluindo, crescendo, renascendo, me modificando, superando fases ruins, destruindo barreiras. Sou como as borboletas que voam para o infinito. Lagartas não. As borboletas são a
perfeição a libertação a fase completa da mudança a liberdade completa. Estou
em constante transformação.
o – Foi quando me
lembrei que tatuei minha borboleta encima de uma caveira. Então, hipoteticamente , a caveira que está debaixo
dela é a lagarta? - Sim, pois precisei morrer, conhecer a morte, para alcançar a vida, a liberdade.
O caminho da morte me deixou feridas, mas as cicatrizei. E assim, deixei de ser uma lagarta feia e repugnante para me tornar uma linda borboleta que voa livre, mesmo que todas as pessoas inda queiram quebrar minha asas e me trancar, me ter como posse, como propriedade. Ainda assim, fugirei porque sempre quis ser livre, lindo, maravilhoso, e andar sobre o campo, onde não há monstros, perigos, apenas o perfume das rosas, a sinceridade e o carinho das flores sem espinhos.
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