Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso, desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade
do apetite. Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa com delicadeza...
Fazer amor é Ressurreição !!!
É nascer de novo: no abraço
que aperta sem sufocamentos no beijo que cala a sede gritante,
na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.
Embora, pra mim o sexo veio cru, insosso e duro.
Só é desafio, febre, fuga, e pele. E apesar das visíveis portas abestas para o amor , uma repentina paz vinga minha dor nos viés dessas extremidades anais.
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