Inseguro e carente, eu encontrei no álcool, maconha e cocaína o alento que não achei naquele que considerava o grande amor da minha vida, meu pai, e na falta de apoio da minha mãe – sempre retratada de forma traumática nesse blog –, o fio condutor de diversas crises, que alterna momentos de intenso amor – pela vida e pelas pessoas a meu redor – mas nunca por mim mesmo. Sem encontrar apoio na família, e ignorado pelos amigos, cheguei a uma inevitável decadência em minha jovem vida, enquanto encaro a crueldade da dependência química. Meus
escândalos e problemas crescem a cada dia e isso confere a esse blog biográfico, muitas vezes, certa excessividade, porém sem perder o lado crível. minhas fragilidades são expostas de forma bastante diretas e pontuais, seja nas fotografias, nas edições ou nas letras e poesias de outros autores. Consigo ao menos a proeza de mesclar o luminoso dessa decadência com minha agonia interna, intensa, vibrante e hipnótica, que ofusca minhas qualidades mais saldáveis e meus níveis de paz com a sobriedade. Mesmo com alguns tropeços, o Calabouço cumpre seus fins, já que o próprio autor - eu - queira alertar para os perigos da solidão sem fim, ainda que sem recompensas, a poucas semanas dos meus 25 anos de destruição. Sigo sem importância e sem saber pra onde ir.
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