domingo, 9 de setembro de 2012


Busquei-me. Debati-me por entre espelhos dos mais variados tamanhos e formas, desde engraçados até os mais horríveis e perturbadores, mas não me encontrei. Parece que me via de relance, com o canto do olho, de vez em quando.
Perguntei ao mundo sobre mim. Saí a campo, e a cada transeunte que passava, me colocava a explicar as características daquele eu que eu tanto buscava. Depois de dar as instruções de como era o eu perdido, as pessoas olhavam-me com aquele ar de ‘não vi e não conheço’, num espremer de bocas e balançar de cabeças extremamente desolador.
Até agora, só pude pensar em duas hipóteses para o meu sumiço: ou eu nunca me vi, ou osoutros nunca me viram; se é que eu existo mesmo...

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