Há sempre coisas novas.
Sempre ligadas à antiga existência."
(Frida Kahlo)
Quando antes, sentia que ver doía cada vez mais.
Deixo-te voar, meu amor. Na esperança de que você não tarde a voltar. Voa e trás de volta o que ainda sobrou de mim. E quando tiveres prestes a ir, escorre-me pelas mãos e pelo ventre, desagua a sua loucura no meu colo e repousa sobre meus pedaços espalhados pelo chão. Volta, me pega da sujeira e diz que está tudo perfeito, que está tudo bem. Não preciso de olhos enquanto tiver a sua presença. Os olhos de dentro, meu querido, estes, não se fecham nunca. E quando a gente dorme, eles quase saltam para além do desconhecido.
À você, Frida, que não deixou escapar até as levezas das dores.
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