sábado, 9 de fevereiro de 2013

Me perdoe, meu Deus, mas eu matei.



Sem muita dó, sem muita piedade. Foi legitima defesa, eu sei. Mas esse nó no meu peito desfez, entende? Tive medo do arrependimento, mas essa danada não me dava outra opção. Eu juro que eu tentei conviver, ser amigo dela, aceitar todo o fado que eu carregava sozinho por conta dela, mas não deu mais. Como prova de amor a mim, eu tive que cometer um crime. Matei-a. Foi crime passional, pra a paixão ir embora. Matei a esperança do amor por amor. Cravei uma faca no meu peito para não haver mais sofrimento, veja só que contradição. E você pensa que doeu? Pior que não. 
Doeu foi antes, sem a faca, matei pra continuar vivo. Porque eu estava era morrendo por dentro, viu? Eu estava acompanhado da solidão, sentir solidão por dois não é bom, não. Matei e queria dizer que vou continuar matando, caso pinte mais tristeza por ai. O que faz bem é envolto por doçura. Então, me perdoe por antecedencia, porque eu, já me perdoei faz tempo...

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