segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Eu gosto do escuro
E do doce silêncio do vazio
Gosto do gosto de nada
Eu gosto da paz da solidão
Que me invade quando fico aqui
Eu gosto do nada insípido
do nada insone,
do nada insensível,
do nada invisível,
da ausência absoluta de cor.
Gosto do susto leve que é o nada, que só surpreende por ser nada.
Gosto da tranquilidade que é o "sem".
Gosto da segurança que é o não, o não que nega o novo.
o novo é o "com", o "com" assusta bruscamente, não é como o nada.
Não! Não ascenda a luz!
Não quero surpresas!
Onde nada habita
Também não habita a dor.
Onde nada se vê
Também não se sente.
Recuso a felicidade para evitar frustrações
Já me habituei ao nada completo
Ele me mantém entre o "sem" e o "não" 


- Acho que voltei aos meus dias de ecuridão '' quando está escuro e ninguém me vê, quando ta escuro eu enchergo melhor'' ou quem sabe é só a segunda-feira.

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