Você, lua. Quantas são as canções que ressoam, desejos que através dos séculos marcaram o céu para chegar a você. Porto para poetas que não escrevem e seguidamente perdem suas cabeças. Você que acolhe os suspiros de quem sofre por amor e doa um sonho a cada alma. Lua que me olha agora, ouça-me:
Você, lua que conhece o tempo da eternidade e a trilha estreita da verdade, faça mais luz neste meu coração, este coração de garoto que não sabe que o amor pode esconder a dor, como uma chama pode queimar-lhe a alma. Você, lua. Você clareia o céu e a sua imensidão, nos mostra somente a metade que quer, como quase sempre depois nós faremos. Anjos de argila que não voam. Almas de papel que se incendeiam, coração como folhas que depois caem, sonhos feitos de ar que desaparecem. Filhos da terra e filhos seus.
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