"Eles me disseram tanta asneira, disseram só besteira, feito todo mundo diz.
Eles me disseram que a coleira e um prato de ração era tudo o que um cão sempre quis, eles me trouxeram a ratoeira com um queijo de primeira, que me pegou pelo nariz. Me deram uma gaiola como casa, amarraram minhas asas
e disseram para eu ser feliz.
Eles me disseram que a coleira e um prato de ração era tudo o que um cão sempre quis, eles me trouxeram a ratoeira com um queijo de primeira, que me pegou pelo nariz. Me deram uma gaiola como casa, amarraram minhas asas
e disseram para eu ser feliz.
Mas como eu posso ser feliz num poleiro?
Como eu posso ser feliz sem pular ?
Mas como eu posso ser feliz num viveiro,
Se ninguém pode ser feliz sem voar?
Como eu posso ser feliz sem pular ?
Mas como eu posso ser feliz num viveiro,
Se ninguém pode ser feliz sem voar?
Ah, segurei o meu pranto para transformar em canto. E para meu espanto minha voz desfez os nós, que me apertavam tanto. E já sem a corda no pescoço, sem as grades na janela e sem o peso das algemas na mão. Eu encontrei a chave dessa cela, devorei o meu problema e engoli a solução. Ah, se todo o mundo pudesse saber, como é fácil viver fora dessa prisão. E descobrisse que a tristeza tem fim e a felicidade pode ser simples como um aperto de mão. Entendeu? É esse o vírus que eu sugiro que você contraia, na procura pela cura da loucura, quem tiver cabeça dura vai morrer na praia."
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