sexta-feira, 12 de abril de 2013

Fragile

Eu nunca quis parecer um garoto frágil, eu nunca quis ser digno de pena. Se é que pode se aplicar a palavra dignidade ao termo. Mas é que mesmo não querendo, eu sou. Frágil demais, delicado demais, transparente demais. Sou de vidro, quebro, corto. Quem me conhece me enxerga por dentro, quem não conhece acha que enxerga. Eu só queria ser forte, parecer forte, tanto faz. Só não queria que parecer tão fraco me fizesse tão mal. As pessoas são tão insensíveis que ao invés de cuidar de pessoas como eu fazem questão de trincar meu vidro pra ver estilhaçar-me em pequenos pedaços que cá entre nós, sabemos nós que nunca serão colados. Vai sempre existir faíscas de mim por aí, e eu teimo andar descalço.  

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